Vamos abordar um assunto que tem sido um dos problemas que vem tirando o sono de muitos brasileiros, a crise previdenciária. Escolhi este tema para prestigiar dois grandes amigos de São Luís, que pediram para discorrer sobre esta questão e que por sinal, rendeu trinta minutos de conversa.
A previdência social está em crise no Brasil e no mundo todo. Um dos fatores que vem agravando tal problema tem a ver com o aumento da expectativa de vida dos brasileiros. Os tempos mudaram, a qualidade de vida aumentou e a estimativa da idade das pessoas, que era de apenas 62 anos a algum tempo atrás, hoje já passa dos 75 anos. Mas, o que isto tem a ver com previdência social?
É importante sabermos que a população economicamente ativa é a responsável em contribuir com o pagamento dos nossos aposentados. Porém, esta relação entre quem paga e quem recebe, a cada período vem apresentando uma baixa na arrecadação e redução aos cofres previdenciários. Mesmo com a alegação de desvios, corrupção e ainda falhas no sistema, não podemos descartar a possibilidade de que se faltar mão de obra no mercado de trabalho contribuindo com a previdência, a receita não cobrirá a despesa.
Ainda com dados do IBGE, até 2060 a quantidade de brasileiros com 60 anos ou mais será cada vez maior. Com uma população envelhecida e com a redução do contingente de pessoas nos postos de trabalho, o crescimento da economia também será afetado de forma negativa. Hoje a cada 100 pessoas que fazem parte da população economicamente ativa, temos 21 idosos em situação de dependência de aposentadoria. Para 2060, a projeção é de que esse número subirá para 63 aposentados.
Portanto, se por um lado a taxa de natalidade diminui com a preocupação dos gastos em ter filhos, temos que ter a preocupação com o futuro, pois, a quantidade de mão de obra também vai diminuir, comprometendo no quantitativo de trabalhadores contribuindo e pagando impostos. Desta forma para resolvermos esta questão é muito importante que a taxa de natalidade aumente, pois, será o principal fator de receita para a previdência social. Por fim, vale refletirmos não só sobre a reforma da previdência, mas com o aumento da expectativa de vida e de que maneira os gastos com a dependência previdenciária serão configurados.