A cada 40 segundos, um suicídio ocorre no mundo. Ao todo, são 800 mil registros anuais, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Embora tenha forte componente individual, determinantes sociais – como questões econômicas, por exemplo – também têm influência em diversos casos investigados. Episódios de suicídio são registrados em todos os países, mas segundo dados da OMS, 75% dos casos ocorreram em nações de baixa e média renda.
Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA), sobre austeridade e saúde, diagnosticou, a partir da análise de diferentes estudos, que as crises econômicas e o consequente aumento do desemprego aumentam o risco de suicídio e de mortes decorrentes do abuso de álcool. Falta de esperança, dificuldades de se enquadrar no ambiente social e econômico são problemas apontados pelos especialistas como fatores determinantes para que as pessoas tirem as suas vidas.
Enfatizando a necessidade de prevenção, é preciso atentar para o fato de que programas de proteção social e voltados para o mercado de trabalho podem reduzir o risco de desfechos negativos sobre a saúde mental e problemas relacionados ao abuso de álcool. Além disso, podem promover a saúde e o bem-estar. Porém, o mais importante papel para salvar essas vidas cabe, justamente, aos amigos, colegas de trabalho e familiares que convivem com essa pessoa e podem, no tempo correto, diagnosticar mudanças de comportamento bruscas, como por exemplo, a perda repentina de interesses por coisas que antes agradavam.
Estamos no “Setembro Amarelo”. Para realçar a luta mundial contra o suicídio, um dos mais graves problemas públicos de saúde da contemporaneidade. Atenção aos sinais de socorro emitidos pelo outro.
