O Maranhão e a Lava-Jato

19/09/17h00         270

 

Para nós, aqui do Maranhão, as primeiras cenas do filme sobre a Lava-Jato são impactantes. Viaturas da Polícia Federal rasgam o centro histórico de São Luís. Uma corrida alucinante para pegar o doleiro, cuja prisão abriu caminho para desvendar um dos maiores - senão o maior - esquema de corrupção visto no mundo. Com sirenes e giroflexes ao máximo, as viaturas da PF aceleram nos paralelepípedos sobre o chão por onde trotaram o aventureiro Daniel de La Touche - o senhor de La Ravardiére - e sua expedição de 500 marujos – no começo do século XVII.

Desde a época das capitanias hereditárias, aquele chão viu franceses, holandeses e portugueses disputarem a soberania de São Luís. Ao final, conforme registrado na história,/ deu Portugual - que chegou primeiro, diga-se de passagem, com uma  expedição, enviada em 1535, composta de dez navios, 900 homens e 113 cavalos.

Mas e daí, o que tem a ver o centro histórico da capital maranhense com o filme da Lava-Jato?// Tudo a ver! Alberto Youssef - o tal doleiro, cuja prisão deu novo rumo à operação da Polícia Federal - foi preso num luxuoso hotel de São Luís com uma mala abarrotada de dinheiro - grana que, obviamente, não seria usada para nenhum happy hour na agitada Ponta D'Areia. Claro que não. Era objeto de propina para políticos corruptos. Os federais acreditavam que o dinheiro fora desviado da Petrobras para financiar a campanha eleitoral do grupo liderado pela então governadora Roseana Sarney (PMDB) – versão que o próprio Youssef negou, posteriormente, em depoimento ao juiz Sérgio Moro. Mas o dinheiro era propina mesmo, entregue a um suposto emissário do então chefe da Casa Civil, João Abreu - um dos mais influentes secretários do governo Roseana, para aliviar na conta de uns precatórios devidos ao Estado do Maranhão. Esta é uma história que ainda não acabou.


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