Acompanhado de secretários do alto escalão do governo e mais o séquito que costuma integrar a claque municipal - seja lá quem for o mandatário da vez -, o prefeito Fábio Gentil esteve no Centro Especializado em Assistência Materno-Infantil de Caxias (Ceami) para fazer festa. Sim, Fábio e companhia limitada fizeram festa no Ceami. Quem viu conta que foi pura fanfarronice: teve até o tradicional “descerramento de placa”,/ com direito a corte de fita e tudo o mais. Pelo o quê? Pela nova pintura das paredes do prédio. Claro que os palacianos não falam em “pintura de paredes”. A versão parida no Palácio da Cidade dá conta que o Ceami foi “completamente reformado e passou por adequações importantes.” É brincadeira, hein?!
O Ceami é o mesmo órgão que ganhou notoriedade este ano, nas redes sociais, depois de viralizados áudios do vereador Durval Júnior - marido da então coordenadora daquela unidade -, constrangendo meio mundo de servidores efetivos. Gente que entrou pela porta da frente - via concurso público - comendo o pão que o diabo amassou não mão de “reis e rainhas” temporários.
Interessante que, ao tempo em que os palacianos fanfarram com pintura de parede, a população de Caxias sente a precarização da saúde nos quatro cantos do município. O hospital infantil - que fica numa das áreas mais movimentadas do centro da cidade - escorre esgoto podre e acumula lixo hospitalar na calçada – seringas e agulhas, inclusive. A UBS do povoado Santa Rita, na zona rural, está sem ambulância já faz um tempão. Por desleixo – ou incompetência mesmo, não sei... - o governo Fábio Gentil não renovou o seguro de manutenção das ambulâncias do Samu -/ como exigido pelo Ministério da Saúde - e aí, Caxias perdeu o recurso mensal para custeio – R$ 40 mil.
Enquanto isso, a fanfarronice continua.